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Bicos e penas

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Como se fosse um vitral….

Hilda Hilst, a emoção da vida em poemas….

Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo. Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?

Existe a noite, e existe o breu.
Noite é o velado coração de Deus
Esse que por pudor não mais procuro.
Breu é quando tu te afastas ou dizes
Que viajas, e um sol de gelo
Petrifica-me a cara e desobriga-me
De fidelidade e de conjura. O desejo
Esse da carne, a mim não me faz medo.
Assim como me veio, também não me avassala.
Sabes por quê? Lutei com Aquele.
E dele também não fui lacaia.

Jean Piaget, revolucionando a educação!!!

Frida Kahlo, a flor com espinhos!!

Mercedes Sosa, gracias a sua vida!!!

Gracias A La Vida

Composição: Violeta Parra

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el oído, que en todo su ancho
Traba noche y dia grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida,que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida

Zilda Arns, uma vida pelas crianças.

Chico Xavier, homenagem em onze frases.

Minha homenagem ao grande Glauco publicada na capa do Jornal da Tarde

Alfabetismo funcional? Oxente!!

Bingos liberados!!! É hoje!!!!!

Maradona, um craque argentino.

Zico, um craque e seus gols.

Pelé, um grande ídolo, um Rei!!!

Augusto Boal e o tEAtrO do oPriMidO

aboal-

texto boal

Poetas Concretos- Três Obras

os tresj Augusto de Campos               Décio Pignatari                  Haroldo de Campos

poemóbiles- augustopoemóbiles- Augusto de Campos

decio_pignatari_beba_coca_colabeba coca-cola- Décio Pignatari

se-haroldoSe- Haroldo de Campos

O enterro de Michael Jackson, um thriller

MJa

Robert Pattinson, um vampiro

Paterson.crepúsculo

Cora Coralina, dois poemas

cora-1cora-vidacora-poemacora-poema2

Salto Altíssimo

06-12-08

Curtos Contos-7

argenor

Argelina, na visão do Argenor, era um saco!

Sempre reclamando das coisas.

-Não, Argenor, a toalha tem que ficar dobrada pra dentro!!

-Aí não Argenor, corta na pia pra não fazer sujeira.

-Fechou a tampa Argenor?

Vinte anos de casado!!

Vinte anos de reclamação!!

Ninguém merece!!

Se pudesse, sumia.

Separar? Nem pensar.

Uma coisa que não dá pra se livrar é de ex-mulher.

Não ia pagar pensão pra bruaca. Ainda mais

sabendo que Argelina pegava dinheiro escondido da

sua carteira e guardava na poupança.

-Pelamordedeus Argenor!! Olha onde você deixou o sapato!!!

Se pelo menos alguma alma bondosa seqüestrasse a infeliz.

– Como não pensei nisso antes? Seqüestro!!

Vou me se-qües-trar!!!! Dou um susto na desgraçada,

recupero o dinheiro da poupança e volto como um herói de guerra.

Tratado a pão-de-ló!!

Naquela noite não pregou o olho planejando o próprio rapto.

Levantou mais cedo do que o normal.

Mais alegre do que o normal.

Mais rápido do que o normal.

Enquanto Argelina foi ao banheiro, colocou três

cuecas e duas camisetas na sua malinha executiva.

-Vai que a negociação é demorada, pensou .

Tomou café, resmungou um adeus e saiu deixando

a mulher a reclamar dos farelos de pão na cadeira.

No meio da tarde o telefone tocou. Argelina odiava atender.

O telefone insistiu. Argelina atendeu de mau humor.

-Alô?

-Seqüestramo seu marido!

Era o Argenor fazendo voz rouca num orelhão, com o fone

enrolado num saquinho de supermercado pra não ser reconhecido.

-Quem?

-Seu marido!

-Que marido?

-O Argenor!!

-Seqüestraram o Argenor?

-É! E queremo vinte mil pra libertar ele.

-Ele tá vivo?

-Tá ! Mas se chamá a polícia nóis apaga ele!!

-Tá bom, moço, eu pago.

Argenor sorriu e pensou convencido: – Ela me ama!!

-Mas eu quero uma prova de que ele tá vivo!

-Quer falar com o cara?

-Não! Você pode querer me enganar imitando a voz dele.

-Então o quê?

-Quero o dedo do meio da mão dele. O que tem

uma pinta com pelinho. Manda aqui pra casa que eu pago.

E desligou o telefone.

Revolução de 1932, fato histórico

Um dos mais importantes acontecimentos da história política brasileira ocorridos no Governo Provisório de Getúlio Vargas foi a Revolução Constitucionalista de 1932 desencadeada em São Paulo. Foram três meses de combate, que colocaram frente a frente nos campos de batalha forças rebeldes e forças legalistas. A revolta paulista alertou o governo de que era chegado o momento de pôr um fim ao caráter revolucionário do regime. Foi o que ocorreu em maio do ano seguinte, quando finalmente se realizaram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, que iria preparar a Constituição de 1934.

Ode ao Gato, Artur da Távola

Nada é mais incômodo para a arrogância humana que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece. O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência.O gato não satisfaz as necessidades doentias de amor.Só as saudáveis.

Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Só aceita relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de traiçoeiro, egoísta, safado, espertalhão ou falso.

“Falso”, porque não aceita a nossa falsidade e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e o dá se quiser.

O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é esperto. O gato é zen. O gato é Tao. Conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem o ama, mas só depois de muito se certificar. Não pede amor, mas se lhe dá, então o exige.

O gato não pede amor. Nem dele depende. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano, mas se comporta como um lorde inglês.

Detalhe do texto de Artur da Távola

(03/01/36-09/05/08)